Inteligência Artificial nos resultados do Google. E agora?
A Inteligência Artificial veio para ficar, mas qual será o impacto real dela nos resultados de buscas para as marcas que investiram em SEO?
Se você não estava num retiro espiritual sabático recentemente, no último dia 14 de maio houve a edição do Google I/O 2024, que é o evento de divulgação das principais novidades da BigTech para o mercado.
Nessa edição, entre várias outras novidades, a principal delas falava sobre a inclusão do Gemini nos resultados de buscas.
Se você não sabe, ou nunca ouviu falar, Gemini é a plataforma de Inteligência Artificial do Google, e ela fará parte dos resultados auxiliando o usuário a complementar a sua experiência na busca do que precisa.
Ela será implementada nos Estados Unidos por enquanto, e eu conversei com vários amigos profissionais do mercado em busca de respostas para as perguntas que alguns clientes me fizeram ao longo dos dias seguintes ao anúncio.
Perguntas como:
Qual será o impacto do Gemini nos resultados da busca para a minha marca?
A Inteligência Artificial apresentará resultados dos meus concorrentes quando o usuário buscar a palavra-chave que a minha marca trabalha?
O Gemini usará o conteúdo da minha marca nas buscas?
Como fica agora o ranqueamento das palavras-chaves da minha marca?
E a minha primeira resposta para todas essas perguntas é “não sei”!
Sério mesmo!
Por mais que o vídeo de divulgação mostre um exemplo de comportamento, nós não vemos muito disso na prática ainda. Não há muita transparência nesse anúncio.
Além disso, não temos nem ideia de como ficarão os links patrocinados, nem em que posição eles estarão.
Enfim, precisamos aguardar para entender melhor.
Mas de qualquer forma, as conversas com os meus amigos do mercado e a leitura de vários artigos sobre o tema, algums pontos importantes me chamaram atenção e eu vou compartilhar com você por aqui.
Entendendo os tipos de buscas antes do Gemini
Existem 3 (três) tipos de pesquisas que os usuários fazem no Google e os seus interesses são completamente diferentes entre si.
Dessa forma, a experiência de uso é individualizada e a plataforma precisa se adapatar para isso.
Vamos lá entender como isso se dá:
Pessquisa informacional
É a pesquisa do que chamamos de topo de funil. Ela se dá quando o usuário ainda não sabe exatamente o que precisa.
Exemplos: Receitas, tutoriais em geral, etc.
Pesquisa navegacional
É o tipo de pesquisa que o usuário faz para encontrar uma marca, empresa, produto, serviço, ou seja, ele sabe o que procura, mas não sabe exatamente qual é o link oficial.
Exemplos: Site de declaração do Imposto de Renda, link de empresa de contabilidade, etc.
Pesquisa transacional
Esse é o tipo de pesquisa quando usuário quer ou tem interesse em comprar algo.
Exemplos: Site da camisa oficial de um clube, link de venda do próximo show do Bruno Mars no Rio de Janeiro, etc.
A mudança de comportamento nas buscas
Nos últimos anos, por mais incrível que pareceça, parte da população não usa mais o Google para encontrar o que deseja, e um comportamento que prova isso é o fato de que muitas pessoas usam plataformas como o Tik Tok para isso.
Sim, acredite, o Tik Tok!
A Geração Z (nascidos entre 1990 e 2010) que estão entre 20% e 25% da população mundial e os Millennials (1980 e 1990) entre 25% e 30%, juntas, essas gerações são boa parte dos consumidores atualmente, e levar em consideração os seus comportamentos é fundamental para que as marcas alinhem suas ações para melhorar a performance de vendas.
E o que fazer?
Precisamos observar com atenção o uso do Gemini nos Estados Unidos para ter uma visão melhor sobre o tema. Sempre lembrando que apesar de reconhecer que a Inteligência Artificial veio para ficar, o Google também é conhecido por descontinuar produtos, tanto que existe um site só pra isso, o The Google Cemitery!
Por enquanto é preciso diversificar o marketing de conteúdo da sua marca. Afinal, SEO não se refere APENAS ao Google. Existe SEO para Linkedin, SEO para Youtube e claro, SEO para Tik Tok.
Mas isso é tema para um outro dia!
Abraços,
Cristiano Santos
Designer web e fundador da Kamus.